domingo, 6 de junho de 2010

Sim, estou vivo. Meio vivo, meio morto.
De vento em popa? Um pouco indisposto.
Soturno no escuro, nem vejo meu rosto.
A pé no vazio, aflito, sem gosto.

Aqui dentro, eu tento um papo
Sem tato e olfato... Sem motivo: me rasgo.
Angústia, de fato,
Pois toco a vida pacato no ato.

No absurdo, me distraio
Diante do muro, por todos os lados,
A céu aberto e tempo nublado.
Mas até que o muro não é tão alto...

Por que espero pelo passado?
Pra que adoço o que não é amargo?
Não preciso andar de olhos fechados.
Não preciso conter o que já está acabado.

Escrevo, como um desabafo,
À razão da retórica que me vem do cansaço.
Mas.......
Que se dane a rima, que se dane a métrica,
Não importa o paralelismo e que SE FODA a melodia!
Se eu consegui escrever tudo isso em dez minutos,
Por que não gasto um segundo me dando um soco na cara??

Um comentário:

  1. tava tmtmtm irado... mas achei que os dois ultimos versos deixam a desejar...

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