domingo, 6 de junho de 2010

É realmente muito triste assistir a uma disputa eleitoral de debates potencialmente tão interessantes ofuscada por apelações judiciais. O nosso querido presidente, ignorando os ataques dos oposicionistas de plantão, não se furta a pular a cerca das leis que o proíbem de fazer campanha antecipada. Obviamente, seria incabível passar a mão na cabeça de Lula, mas dar corda a esse bate-boca é alimentar joguinhos políticos. Inclusive, devemos considerar que no cenário atual ninguém dá o exemplo, como já pudemos constatar em inserções recentes do DEM, seja em favor de José Serra, Marco Maciel ou quem quer que seja. A oposição deseja a todo o custo vincular a imagem dos petistas à falta de ética, recorrendo desesperadamente a tempestades em copos d'água. Não serei ridículo a ponto de exaltar a moral do governo atual, mas proponho a reflexão de que o Arruda não é a ovelha negra da família democrata.
A mais nova invenção da mídia é o suposto dossiê contra Serra e sua filha Verônica. Bom, da onde quer que tenham surgido tais documentos, essa história me parece muito mal contada. Não vejo motivo algum para que Dilma se utilize de tal tática. Afinal de contas, não se mexe em time que está ganhando e ampliando paulatinamente a vantagem nas pesquisas antes mesmo do início da campanha oficial, quando Lula poderá, enfim, utilizar toda a sua influência como cabo eleitoral. Enfim, não faz sentido uma apelação tão burra e desesperada. O jornalista Luiz Lanzetta, o bode espiatório da vez, é claramente suspeito, mas não há informações que o relacionem diretamente à campanha de Dilma, apesar das agressivas tentativas do PSDB e do DEM nesse sentido. Uma coisa é certa: quando os aloprados do PT articulavam o último dossiê, em 2006, o envolvimento de Serra com a máfia das ambulâncias já parecia bem evidente.
Bom, como essa novela parece não ter fim, a única coisa que enxergo são os cabelos restantes da careca do presidenciável tucano cairem junto com sua popularidade e seu sonho de ter Aécio como vice.

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