sábado, 6 de março de 2010

The Sunshine Underground - Nobodys Coming to Save You (2010)


Galera, essa banda tá me deixando louco!!! Tudo começou quando lá estava eu andando pelas ruas de Camden Town, em Londres, e passei pela porta de um "nightclub" histórico com música ao vivo, chamado Koko, que ficava pertinho do apartamento aonde eu estava passando férias com a minha família. Eu, que estava louco pra beber rock britânico da fonte, não pude evitar de dar uma olhada na programação. Percebi que havia uma tal de Sunshine Underground que iria tocar por lá na semana seguinte, quando eu ainda estaria na cidade.
Mais tarde, assim que eu cheguei em casa, fui direto pra internet procurar mais informações sobre a banda. Me dei conta de que os caras tinham acabado de lançar o segundo álbum (saiu no dia 01/fevereiro), exatamente esse da foto aí em cima. Depois, procurei pelos vídeos da banda no You Tube, onde encontrei vários de seus clipes, e fiquei bastante empolgado. Recomendo que assistam a eles, embora todos, com exceção de "Coming to Save You", sejam músicas do primeiro álbum, "Raise The Alarm", de 2006, ótimo por sinal.
Mas, enfim, vamos falar mais sobre a banda em si. O Sunshine Underground teve origem na cidade de Leeds, na Inglaterra, e é formado por Craig Wellington (guitarra e voz), Stuart Jones (guitarra), Daley Smith (baixo) e Matthew Gwilt (bateria). Seu estilo é rotulado como indie rock, mas, cá entre nós, dá pra ser menos genérico. Bom, eu já ouvi muitas comparações a um conjunto estadunidense chamado The Rapture, e, de fato, eles parecem ter, de certa maneira, traços rítmicos desses americanos. Também já ouvi compararem os "Sunshine" ao The Killers, também norte-americanos, e talvez eles realmente possuam uma pegada semelhante. Já eu, após ter assistido ao show esmagado contra a grade e ter levado muita porrada na rodinha, incluindo socos e chutes na cara, julguei que eles trazem muito do espírito dançante dessas e de outras bandas, como o Arctic Monkeys e o Franz Ferdinand. Ao mesmo tempo, há certas melodias tortas e arranjos viajantes, principalmente no segundo álbum, que me lembram claramente o Radiohead. Junto a tudo isso, ainda há forte influência da música eletrônica. Confuso? Eu também estou. Agora, ouça com seus próprios ouvidos e entenda porque eu disse que esses ingleses estão me pirando! Se surpreenda com uma sonoridade que parece com muita coisa, mas soa incrívelmente autoral e inquietante.
"Nobodys Coming to Save You" foi produzido por Barny, que tem, em seu currículo, bandas como o próprio Franz Ferdinand e o Arctic Monkeys, já citados anteriormente. É muito mais experimental e menos pop do que o álbum de estréia, o que, na minha opinião, fez com que a banda se tornasse ainda mais interessante do que já era.
O álbum tá aí, não digo mais nada!

(2010) Nobodys Coming to Save You

1 - Coming to Save You
2 - Spell It Out
3 - We've Always Been Your Friends
4 - In Your Arms
5 - A Warning Sign
6 - Change Your Mind
7 - Any Minute Now
8 - Here It Comes
9 - One By One

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Chave e o Cadeado

Quando era garoto, ganhei da minha melhor amiga um acorde maior com sétima maior e nona. Recebí-o alegremente, porém com um certo receio, pra não dizer temor. Pensei, "tenho em minhas mãos algo que me trará a felicidade plena, mas o que farei com seus relativos menores?".
Infelizmente, a mim nunca foi possível encontrar respostas. Digo isso porque o acorde que me foi dado está, até hoje, no interior de uma enorme caixa com cadeado, cuja chave não veio no pacote e da qual não se tem notícias.
É preciso, no entanto, frisar um detalhe: a caixa é tão grande que não cabe em nenhum dos meus bolsos, nem mesmo os da mochila. E mais, não há espaço para guardá-la nem no meu quarto, nem em nenhum cômodo da minha casa! Vocês se perguntam, "por que não se desfazer logo de um objeto tão inútil?!". Mas aí está. Quando encosto meu ouvido na caixa, ouço um ruído tão lindo, tão apaixonante, que sou incapaz de jogá-la fora.
Por uma causa nobre, então, carrego meu presente nas mãos, pra qualquer lugar que eu vá. Sim, a carga é pesada, eu admito e continuo achando que vale a pena suportá-la. Afinal de contas, quem sabe um dia minha amiga encontra a chave do cadeado?