O homem vitrine se veste a chicotadas.
Pelo seu corpo, etiquetas e marcas,
Ferraduras em suas patas.
Pensa, cria, produz, trabalha,
Para a atender a demandas de outrem,
Por outrem inventadas.
Uma piada...
Aplicar? Objetivamente?
Viver cada segundo já é pôr em prática...
Mas saiba:
O amor é demoníaco,
O amor é demoníaco,
E o ato de criar é subjetivo...
Prefiro, assim, ser como um palhaço
Que solta risos e gargalhadas
Assistindo aos saltos precisos do convencido acrobata.
Enquanto o palhaço cai de bunda e dá cambalhota,
O acrobata esquece do chão enquanto no ar mergulha.
*
*
Meu espetáculo não se embrulha,
Não faz pacote.
Do contrário, o papel lamberia-se de fogo.
Porque o produto sai quente,
Tipo "hot",
Tipo "hot",
Direto do ventre, que se faz forno,
Com auxílio da mente que fermenta o bolo.
E tem mais...
Filho dos outros eu não roubo,
Pois sou mãe parideira.
Mas tampouco concebo por encomenda,
Muito menos se for em sequência.
Afinal, cria minha só pode ser poema sincero,
E coloco a rima onde e quando eu bem entender,
Não me restrinjo a regras,
Não tenho lógica,
Não sigo esquemas.
Imprimo a ferro e fogo a minha marca,
A marca minha,
Minha.
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