sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Grito!

Daniel Braz

Grito, espero, não nego, tento entender.
Erro, modero, sincero, não quero sofrer.
Se escutas o que digo, não ouves o que tenho a dizer,
E ainda feres minha alma, meu orgulho de viver.

Normal seria se eu seguisse, à luz do dia,
sabendo do que sei e sem medo de aprender.
Mas o real rompe a alegria e, por pura
teimosia, faz ruido da harmonia que tento tecer.

Assim, prefiro andar na chuva,
Sob a luz da lua cujo céu desconfigura,
E se não sucedo em chorar,
Deixo que o céu chore por mim.

Psiquiatria nunca vai tirar minha agonia e minha solidão do dia-a-dia, mas me coloca numa fria.
Como ter tanta arrogância, tanta intolerância, tanta ignorância, é até difícil de esconder, num é?
Ô Zé Mané, fica tentando de tudo, só faz jogo duro, é só por isso que eu também não me misturo.
Eu quero paz, alegria, sucesso pra minha vida, com harmonia, escravidão é uma parada que tu cria, mas faz mal,
Eu sei, seu animal, deixa que eu cuido de mim, teu papinho é boçal.
Só no bla-bla-bla, no cri-cri-cri, só no ti-ti-ti, e eu não quero mais te ouvir.
Sai pra lá, eu vou surtar, e se tu continuar, eu não posso mais ficar, esse não é o meu lugar.
Eu não resisto, eu não sou cristo, e se aqui não sou bem quisto, assim num dá.

Assim, prefiro andar na chuva,
Sob a luz da lua cujo céu desconfigura,
E se não sucedo em chorar,
Deixo que o céu chore por mim.

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