sábado, 17 de outubro de 2009

Coração Senil

Enquanto toma seu café
E deixa ambiente o som do jazz,
Relaxa,
Ou, no mínimo, acalma seus complexos.
Mas por que, Deus, tantos complexos?
Talvez pelo medo constante da solidão,
Ou, quem sabe, por síndrome da rejeição.

Ah, façam-me um favor!
Não sejamos tolos,
Muito menos levianos.
Não subestimemos um espírito esclarecido!

É fato que a solidão é uma carga
E, obviamente, causa seus danos.
Inevitável.
Entretanto, é preciso se conformar
Do quão pior é, para ele,
Estar fora do seu lugar
E não ter o dom de camalear.

Com isso, o que mais lhe pesa é a coragem
De assumir seu coração senil,
Que, excêntrico e melindroso,
Diz e se contradiz,
Dialética que não maltrata, não fere, não dói.
É o rumo singular para uma vida feliz.
Mas como pesa...

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