Daniel Braz
OM namaḥ śivāya,
Nada se perde, tudo se cria
OM namo' brahmaṇe,
Nem tudo o que se cria é bom.
O belo do mundo é transformação.
Minha obra será bela,
Deve ser.
O ruim foi apenas tentativa.
É preciso saber quando se está à deriva.
É de sentir quando o esforço é inútil...
Nada de insistir em remendos,
De tentar colar estilhaços!
A vida é finita,
Largue a certeza à ordem natural dos fatos.
Semente boa dá frutos,
Semente que não vinga vira adubo.
Mas o mundo é também amaldiçoado,
Castelo de areia,
Frente ao mar agitado.
Tão frágil...
Os que pretendem ainda construir seus palácios,
Lembrem,
A verdadeira riqueza, sua fonte original,
É de acesso mais fácil,
Na mais interna experiência.
Na natureza de quem cria,
Onde o mar não agita.
Se toma-lhe o ato,
Não leva junto a potência.
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